Conheço o meu lugar.
terça-feira, 5 de abril de 2011
TRANSFORMAÇÕES (Uma fábula)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A cultura do terror/2
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A fome/2
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Diálogos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Celebração da voz humana/2
”Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais.”
Eduardo Galeano em O Livro dos abraços.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
O que é que pode fazer o homem comum neste presente instante senão sangrar?
Tentar inaugurar a vida comovida, inteiramente livre e triunfante?
O que é que eu posso fazer com a minha juventude quando a máxima saúde hoje é pretender usar a voz? O que é que eu posso fazer um simples cantador das coisas do porão? Deus fez os cães da rua pra morder vocês que sob a luz da lua, os tratam como gente - é claro! - a pontapés.
Era uma vez um homem e seu tempo... (Botas de sangue nas roupas de Lorca). Olho de frente a cara do presente e sei que vou ouvir a mesma história porca.
Não há motivo para festa: ora esta! Eu não sei rir à toa!
Fique você com a mente positiva que eu quero a voz ativa (ela é que é uma boa!)
pois sou uma pessoa. Esta é minha canoa: eu nela embarco. Eu sou pessoa!
(A palavra "pessoa" hoje não soa bem - pouco me importa!)
Não! Você não me impediu de ser feliz! Nunca jamais bateu a porta em meu nariz! Ninguém é gente! Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve! Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos! Não sou da nação dos condenados! Não sou do sertão dos ofendidos! Você sabe bem: Conheço o meu lugar...
Conheço o meu lugar, Belchior.